Nas últimas décadas, as mudanças do sistema de ensino em Portugal, foram céleres e profundas. Inúmeros
fatores criaram desafios hercúleos, como motivar os alunos para a aprendizagem e para a participação nas
atividades propostas, proporcionando-lhes significado e interesse em desenvolvê-las. Neste contexto, as
aulas de campo, são oportunidades únicas em que os docentes podem desenvolver trabalho colaborativo e
cooperativo, onde os alunos poderão descobrir novos ambientes fora da sala de aula (Morais e Paiva, 2009),
desenvolver a análise empírica, aprender a interpretar o mundo, a expressar emoções, a trabalhar em equipa
inter-relacionando competências e saberes, a perceber o outro, a exercer a cidadania e a fazer exercício
físico. Em súmula, as aulas de campo assumem-se como uma nova proposta pedagógica, fugindo da
tradicional classe magistral, assumindo um caráter interdisciplinar, valorizando as particularidades do meio, a
interação e a troca de informação.
O Pedestrianismo apresenta-se como a atividade de ar livre que incorpora as características exigidas para o
planeamento de uma aula de campo. Se por um lado, um professor é um conhecedor da disciplina que
tutela, por outro lado, apresenta lacunas na planificação de uma aula de campo e a sua utilização como
estratégia de ensino, aspeto que se torna mais evidente quando ao docente lhe é pedido o trabalho de
flexibilização curricular privilegiando o trabalho em equipa. A aprendizagem do Pedestrianismo é condição
para que o professor possa dar uma resposta positiva na planificação de uma aula de campo.
A ação de formação justifica-se, na medida se assume como um momento por excelência que condiciona
professores “diferentes” a trabalhar em equipa mobilizando uma panóplia de saberes.
- Professor: Luís Manuel Costa