Estamos imersos num mundo de imagens. Comunicar visualmente pressupõe a existência de uma mensagem visual, que é transmitida por um emissor e recebida por um receptor. Aceitando a imagem como uma representação, um sistema de linguagem com códigos próprios, dependendo a sua leitura de um determinado contexto, abre-se caminho para a compreensão da polissemia da imagem e para a presença de um discurso visual. O discurso visual pressupõe a existência de uma linguagem específica e própria da imagem, implicando a sua leitura o conhecimento dos códigos que a regem. Se aprender a ler ou a escrever requer tempo, também aprender a ver, implica um tempo para a sua aprendizagem, cujo objectivo é formar um olhar crítico e capaz de interpretar os códigos visuais. Compreender uma imagem significa saber utilizá-la intencionalmente. Neste sentido a selecção e a produção de imagens pode ser considerada um mecanismo educativo, pois cumpre a função de educar e produzir conhecimento, enquadrado na construção de uma educação acessível para TODOS os alunos.